sábado, 1 de abril de 2017

O DESABAFO DE UM SER



Estou aqui e venho pedir ajuda,
Não sou palhaço, mas uso fantasia,
Me disfarço, me cubro,
Tenho sim, minhas máscaras,
Tiro uma, tiro outra e aqui estou.
Sim, trago no peito uma dor,
No corpo um cansaço,
Na mente um vazio.

Sou isso que sou, nada sou,
Sou um fantoche, um deboche,
Afinal quem realmente sou?
Porque tanta fantasia, porque tanta alegoria,
Busco em mim um pouco de harmonia,
Mas me vejo numa triste agonia.

Não me perdoo, não sei perdoar,
Sei apenas magoar, instigar, maltratar
E dar a cara para pintar.

Pintar, a ilusão.
A ilusão do Ser, que nunca fui,
De me permitir ser, somente este Ser,
Que espera somente pedir um pouco de atenção
Para poder aliviar este meu pobre coração.

Coração maltratado, coração maltrapilho
Que por debaixo da máscara de palhaço,
Sou apenas um pobre ser, que muito sofre.

Não me permito, mas quero ser verdadeiro,
Quero ser feliz e sorrir como um palhaço,
A viver a vida de alegrias,

Muita Paz!
Psicografado por Odete Gonçalves 
em 21/11/2016

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