Não
sou palhaço, mas uso fantasia,
Me disfarço,
me cubro,
Tenho
sim, minhas máscaras,
Tiro uma,
tiro outra e aqui estou.
Sim, trago
no peito uma dor,
No
corpo um cansaço,
Na
mente um vazio.
Sou
isso que sou, nada sou,
Sou
um fantoche, um deboche,
Afinal
quem realmente sou?
Porque
tanta fantasia, porque tanta alegoria,
Busco
em mim um pouco de harmonia,
Mas
me vejo numa triste agonia.
Não
me perdoo, não sei perdoar,
Sei
apenas magoar, instigar, maltratar
E dar
a cara para pintar.
Pintar,
a ilusão.
A
ilusão do Ser, que nunca fui,
De me
permitir ser, somente este Ser,
Que espera
somente pedir um pouco de atenção
Para
poder aliviar este meu pobre coração.
Coração
maltratado, coração maltrapilho
Que por
debaixo da máscara de palhaço,
Sou apenas
um pobre ser, que muito sofre.
Não
me permito, mas quero ser verdadeiro,
Quero
ser feliz e sorrir como um palhaço,
A viver
a vida de alegrias,
Muita
Paz!
Psicografado por Odete Gonçalves
em 21/11/2016
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