quarta-feira, 29 de maio de 2019

A AQUARELA DA VIDA


Queridos irmãos, com os trabalhos do dia a dia,
Nos tornamos duros, rudes, muitas vezes nem seguem
Paramos para nos posicionar e tentar fazer diferente.
Ficamos como que bitolados no fazer, fazer, a fim de termos
Uma produção de resultados satisfatório
E compensador para nossos esforços.

Nos tornamos partes de uma máquina
Que se expressa apenas na qualidade na produtividade.
No ter, no vencer, no produzir.
Não observamos os desgastes em nosso corpo físico,
Os desgastes em nosso relacionamento e consequentemente
No nosso equilíbrio e qualidade de vida.
Já não temos mais o prazer que nos impulsiona, mas muitas vezes
A cobrança, a responsabilidades nas atitudes e comportamentos.

Para não se frisar aqui os desgastes financeiros
Dos quais nos fazemos vítimas, com o objetivo de nos elevarmos
E produzirmos cada vez mais, na ânsia de se sentir o maior,
O melhor, e ser o diferencial entre outros.
Tudo isso meus irmãos impulsionados pelo orgulho,
Vaidade, o querer e o poder de liderança.

Entretanto nesta busca desenfreada, nos esquecemos daqueles
Que ferimos, daqueles que ficamos indiferente, daqueles que
Nos pedem um socorro e quase sempre nunca
Temos tempo para socorrer; conversar, acalmar.

Não nos damos conta que assim como não acolhemos,
Também não somos acolhidos, porque de um modo geral,
Todos estão na mesma corrida de trabalho,
No sustento do bem material, do apogeu social.

A vida passa o tempo passa e nosso corpo já cansado,
Vai dando sinais de fadiga, voltando ao círculo da vida
E anseia por um calor humano, uma compreensão um alento.
Os sentimentos vão aflorando e vamos lembrando
Que um dia teremos que voltar para a casa do Pai,
Nossa consciência nos chama.

Tudo é motivo, é motivo para uma reflexão
E nos damos conta, do quanto fomos imprudentes,
Até mesmo desumanos com coisas tão simples,
Isto porque, só dependia de nós, pintar de uma outra forma,
Criar um novo ambiente, uma nova experiência.

E assim neste dilema de o antes e o depois
Só temos a agradecer a espiritualidade
Que nos deu este consentimento
Pra estarmos aqui e assim refletir.

O quanto ainda podemos fazer para que a aquarela
De nossa existência tenha ainda as cores claras de harmonia,
As cores vibrantes do ser apaixonado por tudo que faz.

A sutileza do canto dos pássaros e o perfume da flor
Ao olhar o seu irmão e de uma forma muito natural,
Vencer o seu orgulho e se colocar à disposição
Como forma de benção em comunhão, contribuir para
A reconstrução de vidas que se perderam pela caminhada,
Mas que ainda é tempo de recomeçar.

Irmãos como é gratificante se apropriar dos benefícios
Que a vida nos trouxe e poder de alguma forma,
Vir pincelando nosso dia a dia e colorindo este quadro da existência
Com tudo de bom, puro e belo que já após tantos desencantos
Se consegue ter, para se colocar à disposição e contribuir
Para esta construção de Vida de Amor e de Paz.

Vamos, pintemos nossa aquarela,
Nos esforcemos por que o melhor está por vir.
Esperança, gratidão.
Muita fé. Amor no coração!
                                                                                                                                             Psicografado por Odete Gonçalves
                                                                                                                                                                         em 06/05/2019

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