Irmãos que a paz do Senhor esteja com todos.
Ouço
o ressoar da consciência dos mais longínquos tempos.
Eis
que ficaram impregnados nos ecos vazios da minha mente,
Pedindo
por misericórdia pelas atitudes e desatinos passados.
Vejo
que em cada espaço parece estar gravado,
Contido
a angustia de muitos erros de outrora.
O
desatino de alma endividada por seus nefastos caminhos,
Angustiosos
pesares e comportamentos belicosos.
Sinto
como se uma penumbra pairasse no ar, como a constatar
O
ar insalubre contaminado de energia densa.
Este
deveria ser o santuário da misericórdia, do perdão,
Do
amor da criatura pelo seu Criador.
O
ambiente mais puro e sagrado que o homem criou
Para
o seu recolhimento, nas horas de buscar o seu Deus,
Buscar
um pedido de compaixão.
No
entanto, não consigo adentrar-me, falta-me o ar.
Me
falta a consciência de que este é o melhor procedimento
Para
o recolhimento interior.
É
como se tudo me viesse à tona.
Me
arrependo do quanto sofri e depois o quanto fiz sofrer.
Porque,
meu Deus? Porque estou aqui, Senhor.
Tire
de mim esta agonia, esta angustia, este medo de mim mesmo.
Preciso
de ajuda, óh Senhor.
Para
poder olhar com os olhos da alma
E ver somente a luz que limpa, que ilumina, que purifica os meus pensamentos
E toda
a dor que trago na minha consciência.
Como
é difícil senhor, pensar nas boas obras dos santos,
Dos
mártires quando se sabe que fui eu mesmo
Que
pratiquei os seus martírios.
Me
ajuda óh Senhor. Afasta de mim este remorso,
Limpa
a minha mente, óh Senhor.
Peço
óh Senhor, que um dia eu possa me redimir,
Me
colocando desde já à disposição para curar o meu mal,
Para
poder ter a minha rendição.
Sou
grato por este breve momento,
Por
esta pequena lucidez dentro do meu tormento.
Obrigado
Senhor.
Tende
compaixão de mim.
Me
perdoe, eu peço, me perdoe.
Psicografado por Odete Gonçalves
em 19/07/2022
Nenhum comentário:
Postar um comentário